Na REGATA VOLTA A ILHA DE FLORIANÓPOLIS a bordo do veleiro CATU ficamos em primeiro lugar na nossa categoria. Categoria da tripulação e do comandante Marco Porto.
Final de semana com tempo favorável para o translado do veleiro CATU, de Paranaguá a Florianópolis. Foram 20 horas de navegação com vento à favor e uma parada estratégica na praia do Tingúá. A bordo, Reiner, Manfredo, Joaquim, Marco e eu, com direito a churrasco, chardonnay, música boa e muita risada.
Depois de muito tempo, tivemos um bom final de semana para poder navegar. A baia de Paranaguá nunca decepciona. A bordo comigo, o famoso fotógrafo Roberto Grimaldi.
A bacia hidrográfica de Guaraqueçaba tem suas nascentes nas montanhas da serra do Mar e as desembocaduras dos rios são nas baías. Uma delas é Poruquara, cujo acesso por barco é feito através do canal que une as baias das Laranjeiras e dos Pinheiros. De Paranaguá até lá são cerca de 4 horas de navegação. É preciso navegar sempre com a maré enchendo pois os baixios são traiçoeiros e a força da maré terrível. Um amigo, Dr. Alberto Veiga, disse-me que na linguagem indígena, Poruquara quer dizer "buraco encantado". Ele é um homem sábio, pois raras vezes conheci um nome tão apropriado para um lugar.
Apesar do inverno, deixamos Paranaguá em um final de tarde quente e ensolarado. Com um por do sol de cinema, cruzamos a última bóia de acesso ao canal da Galheta rumo ao sul. O mar estava uma piscina e não havia vento algum. Navegamos paralelo à costa, com as luzes intermináveis dos balneários que se sucedem no litoral paranaense. À meia-noite, jogamos âncora frente à ilha da da Paz, frente à praia de Enseada em São Francisco do Sul. O lugar é um paraíso e um excelente abrigo para todos os ventos. Acordamos tarde, tomamos café e zarpamos rumo ao sul, novamente sem vento mas com mar calmo. Como o tempo estava bom, no meio da tarde, Marco preparou um saboroso churrasco regado à cerveja gelada. No final as previsões da meteorlogoia se confirmaaram e começou a ventar forte. Com todas as velas em cima, entramos na baia de Armação da Piedade, onde jogamos âncora para passar a noite. No dia seguinte finalmente vencemos o último trecho e entramos no Iate Clube Veleiros da Ilha, nosso destino final.